sexta-feira, 31 de outubro de 2014

[cinema] Kikis Delivery Service



TítuloKikis Delivery Service
Realização: Hayao Miyazaki
Argumento: Hayao Miyazaki, Eiko Kadono
Duração: 103 min
Ano: 1989

A semana passada falhei na maratona de Miyazaki - e na próxima também falharei - mas por agora tenho uma bruxinha de que quero falar.

Por agora, e isto até soa estranho de dizer, foi o filme mais normal que já vi de Miyazaki. Não tem seres estranhos feitos de pedras já cheios de fungos, nem pais a serem transformados em porcos. Não que me esteja a queixar mas pareceu-me tão calminho.

Ok, podemos dizer que não é completamente normal porque temos uma bruxa a esvoaçar durante todo o filme mas tirando isso é tudo bastante fazível.

Parece que no percurso de vida de uma pequena bruxa há um ano que tem de ser feito fora de casa, numa outra cidade, sozinha. Eu até que gosto desta ideia!

E esta Kiki vai parar a uma cidade, com pouco dinheiro e sem saber muito bem onde ficar, o que fazer, como se sustentar. Até que muito por obra do acaso e da bondade desta menina acaba por arranjar quarto e emprego numa padaria/pastelaria.

A rapariga é realmente querida e nota-se que está num processo de descobrir como é como bruxa, qual o caminho que há de seguir.

A primeira coisa em que reparei quando o filme chegou foi naquele mega laço vermelho que a moça tem na cabeça. Era inevitável. Mas a segunda foi o seu amigo Jiji, um gato. Convém dizer que quando era mais nova via a Sabrinha, a bruxinha adolescente e esta também tinha um gato, preto, chamado Salem, que era o seu melhor amigo e confidente. Não consegui deixar de ver o raio deste gatinho - muito mais amoroso do que o outro - como o Salem.

Depois do filme visto havia uma dúvida que me assombrava: depois de uma crise de bruxa que a Kiki teve, em que deixou de voar e de falar com o gato, teve de se virar para a sua essência bruxa e voltar a ir buscar a base daquilo tudo mas não voltou a conseguir falar com o Jiji. Não tinha percebido porquê e depois veio a internet. Depois da crise que passou a Kiki cresceu e com isso diminuiu a necessidade que tinha do pobre Jiji, deixou de ser capaz de ter ali o seu confidente, deixou a inocência de criança que tinha antes. O que é que eu tenho a dizer a isto? Bad Miyazaki! Bad! Estas coisas não se fazem, destroem os corações de quem vê isto.

Eu depois de ver a Sabrina, agora a Kiki, depois de ver e ler Pullman onde temos aqueles bichinhos fofos que estão directamente ligados a nós e até os Patronus de Harry Potter, eu quero ter um bichinho assim. Devia ser giro. Enquanto isso não acontecer continuo a ver Miyazaki.



2 comentários:

  1. Sei que a postagem é antiga e cheguei aqui justamente procurando por respostas, e só tenho uma coisa a dizer, Bad Miyazaki!

    Ps: gostei do texto ^^.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Eu sou muito fã de Miyazaki e acho que ainda não vi um filme que não gostasse. Este, mais que não seja, pela candura da Kiki é muito bom. Mas pronto, arrepia-nos o coração. Curiosamente, como informação, no Museu do Oriente, ao domingo vão passar vários filmes dele. É uma boa oportunidade de ver, ou rever, alguns destes filmes deliciosos :)

      (Obrigada! ^^)

      Eliminar