segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

[leituras] Hulk Cinzento



Título: Hulk Cinzento
Argumento: Jeph Loeb
Arte: Tim Sale, Matt Hollingsworth
Tradução: João Miguel Lameiras
Páginas: 148
Ano: 2014

Muito ouvi eu falar deste livro. O seu dono não se calou desde que o acabou, sempre a falar do quão bom era, do quão bem representado estava o Hulk e eu a ficar entusiasmada e curiosa por antecipação.

Então o nosso amigo verde no inicio era cinzento. É verdade, também achei estranho mas a personagem tem uma componente visual tão forte - bem, é uma parede de músculos gigante, é difícil não reparar - que nem notei grande falta de cor. O que acabou por me espantar, mais que não fosse por comparação foi: o Bruce Banner é tão raquítico. Ok, ao pé do Hulk qualquer um é raquítico, mas o Banner que estou habituada é um homem com corpo, não um lingrinhas que mal tem músculos para se levantar. Enfim...

Um Hulk meio perdido, apaixonado mas sem saber como lidar e conciliar o lado Hulk com o lado Banner. Em modo Hulk sabemos que fica ligeiramente diferente, não só na forma física, mas também na parte psicológica e essa dicotomia é interessante de observar. 

Tem um momento mega fofo do estilo of mice and men - só quer um amigo, um coelhinho adorável, mas a força é demais para um bicho pequeno, exactamente o mesmo caso e só torna a história deste Hulk ainda mais triste. Para aumentar a festa aparece um homem de ferro muito amarelo que leva uma coça muito bem dada, e eu até gosto do Homem de Ferro.

Independentemente de tudo o resto o Hulk aparece na versão mais expressiva que já vi na vida. Claro que seja para o que for o Hulk é um elefante numa loja de porcelana. Com tudo. Com o tamanho, força e resistência dele é pior do que um cilindro de estrada. Mas aqui é diferente: conseguimos distinguir traços de emoção nas feições distorcidas, felicidade, surpresa, tristeza, raiva...

É uma historia de amor bem contada, querida, trágica e não lamechas. Com o Hulk até se podia dizer que era complicado. A arte é genial, acompanha o argumento de maneira brutal e dá-lhe uma força terrível com o nível de detalhe e expressividade que transmite. Foi dos melhores livros de BD que apanhei nos últimos tempos.

"Hulk nunca magoa Betty.
Hulk sempre magoa Betty."

2 comentários:

  1. Told ya! E o Bruce Banner é suposto ser assim raquítico...

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    1. Eu tenho um Ruffalo na ideia não é? É um homem assim não gigante mas de bom tamanho. Ali é tão, mas tão pequenino!

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