quarta-feira, 26 de agosto de 2015

[leituras] Rebeca

Título: Rebeca
Autor: Daphne du Maurier
Páginas: 376
Ano: 1938

Aos séculos que ouço falar deste livro. Mais recentemente por uma amiga minha que não se calava que tinha de ler isto. O livro parecia interessante, vinha com boas referências e porque não? Vamos lá ver o que saía dali. E saíram coisas interessantes.

Para começar, a primeira impressão que tive do livro foi que seria como o Lavínia, da Le Guin: em história nada de especial mas tão envolvente e com uma escrita tão interessante que valia a pena continuar e ler sem grandes pausas.

Depois comecei a envolver-me na história, comecei a afeiçoar-me às personagens. Além disso lia as coisas e era tão fácil descobrir o que ia acontecer a seguir. Estupidamente fácil, achava estranho e ligeiramente aborrecido embora não me chateasse assim tanto, porque estava embalada pela escrita - Daphne du Maurier está na lista de a repetir, que isto foi uma boa primeira impressão.

O tipo de história, a maneira como é contada e o próprio drama inerente a ela fez-me lembrar o Monte dos Vendavais mas enquanto esse foi um suplício de ler - um clássico, cim, mas claramente não é coisa para mim - este não. Este interessou-me, cativou-me e tem realmente uma escrita que vale a pena conhecer e saborear. 

Mas pronto, um homem que casa segunda vez, depois da morte da sua primeira mulher, alguém encantador, que a todos agradava e cuja perda tão penosa foi para todos em concordância. Mas as aparências iludem, como bem se sabe e há sempre mais na história do que aquilo que estamos a contar - se for das que eu gosto. E esta foi exactamente assim! E se, como disse acima, durante o livro todo eu sabia o que se ia passar de tão óbvio que era depois temos um twist que não estava a contar e que muda as coisas brutalmente. Aí sim, gostei de ler isto e ser surpreendida.

Não é que se tenha tornado o meu livro favorito, nem nada que se pareça mas sem dúvida que é uma obra fascinante que nos consegue fazer páginsa e páginas seguidas sem nos darmos conta, que nos leva nas palavras escritas e nos conta uma história bem contada. 

Obrigada Lopinhas, desta vez tinhas razão! :)



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