sexta-feira, 6 de novembro de 2015

[leituras] Cidade Suspensa



Título: Cidade Suspensa
Autor: Penim Loureiro
Páginas: 64
Ano: 2014

A capa embora me parecesse interessante - em grande parte por ser tão aleatória e ter uma passarola por lá escondida - não era a coisa que mais me chamasse num conjunto de bds que me aparecessem à frente. Mas uma vez lido livro lido fiquei positivamente surpreendida. 

A história é contada de forma diferente do que o habitual. São-nos dados pormenores em forma quase de entradas num diário de bordo. Uma data e o acontecimento dessa data, e isto ao longo de uma vida. 

Um grupo de pessoas que se vai criando, e destruindo, com muitos acontecimentos estranhos pelo caminho que nunca chegamos a perceber completamente.

Com aventuras nas vidas destas pessoas, ao longo dos anos e em vários países, vamos saltando de situação em situação tentando apanhar as pontas perdidas que nos vão aparecendo. E o livro é muito na base disso, tentar encontrar as explicações para o que nos contaram do que se passou uns anos antes. Situações bizarros, pessoas desaparecidas, novas pessoas, amizades que de retomam por algum motivo, coisas muito aleatórias que juntas contam uma história que deixa alguns buracos por preencher.

Agora tem uma guinada forte de influência portuguesa, muito marcado nalgumas passagens e que torna o livro mais interessante ainda. Há armas escondidas em Galos de Barcelos, vamos dar relevância a estas coisas! Há um imaginário tuga que até a passarola chamou. Para os portugueses conseguimos ir buscar pequenos pormenores que para nós são guloseimas no meio da história, e sabem bem! Esse lado acaba por ser interessante de ver explorado, apela ao nosso lado patriota e dá mais uns pontinhos extra!

O livro é engraçado e ganha essencialmente por dois motivos: a arte, que é bem interessante, e a estrutura do próprio livro, que foge à regra do que se costuma encontrar em bd. Tirando isso, a história é interessante mas não me cativou especialmente.

É um livro engraçado para ler e vale a pena mais que não seja para ver esta forma de contar uma história. 

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