segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

[leituras] Sputnik, Meu Amor

Título: Sputnik, meu amor
Autor: Haruki Murakami
Páginas: 197
Ano: 1999

Murakami estava na lista de coisas a ler em 2016 e este livro tinha um bom título e estava a jeito. Ainda por cima tinha um título que me chamava a atenção: não tanto pela parte do amor – isso no meu caso até tem um efeito pouco positivo – mas pronto: Sputnik!

Agora, comecemos por um lado bom: o livro é de leitura muito fácil, numa tarde uma pessoa bebe um chá e lê isto sem se esforçar muito. E mais, se juntarmos a isso algum poder de nos cativar nós sem darmos por ela lemos metade do livro.

Mas há o reverso da medalha: a tradução é mazinha, assim a dar para o muito. Entre palavras directamente traduzidas do inglês que depois não soam em português ou não dão a mesma ideia inicial, e hifens espalhadas no meio das frases, nema tradução nem a edição tiveram lá grande cuidado.

Mas o que posso dizer é que as personagens não foram mal criadas, conseguem ser bem descritas e dar uma boa noção de como são, como agem e porquê, mas a história é muito reduzida, é muito pouco interessante, pouco coerente nalgumas partes e de uma forma geral isto acaba assim num estado em que não se sabe muito bem o que raio se passou.

Porque os twists que metem lá pelo fim até que gostei, um bocadinho caídos do ar, sem contexto ou fundamento, mas aceito. O fim em si, é que não faz ponta de sentido. Pelo menos para mim, posso ter sido eu que “não atingi o que o autor queria transmitir” ou uma dessas balelas comuns que estão cada vez mais na moda. Não gostei, de todo, do fim.

Portanto, resumidamente: má tradução, má edição, pouca história, escrita muito fluida e cativante q.b., boas personagens, péssimo final.

Engraçado que ao ver outras opiniões sobre este mesmo livro falam imensamente bem, e que é genial e que é tão bom e que é tão extraordinário. Eu cá não achei extraordinário, e a maior parte dos comentários parece-me mais saído de fanatismo com o autor do que propriamente com o livro. De qualquer das formas Murakami, por aqui, não me conquista. Ainda hei de testar outras coisas, ver se mostra mais um bocadinho, mas por agora, é um bom contador de histórias mas pouco mais do que isso.


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